fonte: Folha Social
A lista a seguir, que notadamente não é unanimidade, teve como objetivo identificar quais são as 10 fotografias mais tristes de todos os tempos. As imagens são referências de alguns dos momentos mais cruéis da história
Carlos W. Leite, via Revista Bula
A imagens a seguir foram retiradas de pesquisas através de compilação de
reportagens e listas publicadas por jornais, revistas, sites
especializados em fotografia, fotojornalismo e história.
A pesquisa teve como objetivo identificar quais eram as 10 fotografias
mais tristes de todos os tempos. Participaram do levantamento as
publicações: “Life”, “The Guardian”, “Der Spiegel”, “Telegraph”, “El
Universal”, “The Pulitzer Prizes”, “Day Life”, “World’s Famous Photos”,
“Digital History”, “Listverse”, “Jornal Opção”, “Al Fotto”, “National
Geographic” e “World Press Photo”. Obviamente que listas são sempre
incompletas. Sabe-se que, como a percepção, a opinião — que foi a base
da pesquisa —, é algo individual.
Entretanto, as 10 fotografias selecionadas, se não são unanimidades no
meio jornalístico e fotográfico (e possivelmente não serão entre os
leitores), são referências incontestes de alguns dos momentos mais
cruéis da história.
Eis, em ordem classificatória, as 10 fotografias selecionadas baseadas nas publicações pesquisadas.
Omayra Sanchez (1985)
A fotografia mostra Omayra Sanchez, uma menina de 13 anos que ficou presa em entulhos deixados pelo deslizamento causado pela erupção do vulcão Nevado del Ruiz, que arrasou com o povoado de Armero, Colômbia, em 1985. Os socorristas não conseguiram resgatá-la. Ela morreu cerca de 60 horas depois de ficar presa. A fotografia ganhou o World Press Photo de 1985 e se tornou uma mais comoventes da história. Fotografia: Frank Fournier
Biafra (1969)
A Guerra Civil da Nigéria ou Guerra do Biafra matou mais de um milhão de
pessoas entre 1967 e 1970, principalmente de fome. Milhares de crianças
foram acometidas de Kwashiorkor, patologia resultante da ingestão
insuficiente de proteínas. O fotógrafo de guerra Don McCullin foi o
primeiro a chamar a atenção para a tragédia. Fotografia: Don McCullin
Phan Thi Kim Phúc (1972)
Ganhadora do Prêmio Pulitzer em 1973 e a mais famosa fotografia de
guerra de todos os tempos. Kim Phuc (a garotinha nua) corre ao longo de
uma estrada perto de Trang Bang, no sul do Vietnã, após um ataque aéreo
com napalm. Para sobreviver, Kim arrancou a roupa em chamas do corpo. Fotografia: Nick Ut
Execution of a Viet Cong Guerrilla (1968)
Ganhadora do prêmio Pulitzer, a fotografia mostra Nguyen Ngoc Loan,
chefe da polícia sul-vietnamita, disparando sua pistola contra a cabeça
de Nguyen Van Lem, oficial Vietcong, em Saigon. Embora chocante, a
fotografia não conta toda a história. O homem assassinado havia matado
uma família. Fotografia: Eddie Adams
A fome no Sudão (1993)
Fotografia publicada em março de 1993 no “New York Times” e responsável
pela ascensão de Kevin Carter como fotógrafo. Em 1994, Kevin ganhou o
Prêmio Pulitzer de Fotografia. Embora a fotografia seja impactante, o
abutre não estava tão próximo do menino como a fotografia sugere — fato
que continua causando controvérsias entre jornalistas e fotógrafos. O
garoto da foto chamava-se Kong Nyong e sobreviveu ao abutre, morreu em
2007. Kevin Carter, o fotógrafo, se matou em 1994. Fotografia: Kevin Carter
Hiroshima (1945)
A fotografia mostra o primeiro bombardeio atômico da história. Em 6 de
agosto de 1945, a cidade de Hiroshima foi devastada pela bomba atômica
de fissão denominada Little Boy, lançada pelo governo dos Estados
Unidos, resultando em 258 mil mortos e feridos. Fotografia: George William Marquardt (piloto do avião)
Racismo nos Estados Unidos (1950)
A fotografia, que causou indignação em todo o mundo, mostra bebedouros
separados para brancos e negros, na Carolina do Norte, Estados Unidos.
Até a década de 1950, os afro-americanos não tinham direito a voto, eram
segregados socialmente e compunham a parcela mais pobre da população
norte-americana. Fotografia: Elliott Erwitt
Uganda (1980)
Fotografia feita por Mike Wells, em abril de 1980, mostra uma criança da
província de Karamoja, Uganda, de mãos dadas com um missionário. O
contraste entre as duas mãos serve como um lembrete do abismo que separa
países desenvolvidos e subdesenvolvidos. A fotografia permaneceu
inédita durante anos. Fotografia: Mike Wells
The Falling Man (2001)
Fotografia feita por Richard Drew, fotógrafo da Associated Press,
mostrando um homem caindo da Torre Norte do World Trade Center, em Nova
York, durante os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Cinco
anos após os ataques, o homem foi identificado como Jonathan Briley, de
43 anos, funcionário de um restaurante instalado na Torre Norte do World
Trade Center. Entretanto, oficialmente, sua identidade nunca foi
confirmada. Fotografia: Richard Drew
Mãe migrante (1936)
Um ícone da Grande Depressão e uma das fotos mais famosas dos Estados
Unidos. Florence Owens Thompson, 32 anos, desolada por não ter comida
para alimentar os filhos. Jornalistas americanos passaram décadas
tentando localizar a mãe e seus sete filhos. No final dos anos 1970 ela
foi encontrada, não prosperara muito. Vivia em um trailer. Fotografia: Dorothea Lange
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