De acordo com relatos de reunião em 1974, o Brasil poderia desenvolver
armas nucleares para se defender de prováveis conflitos com os
argentinos.
Conforme arquivos secretos do Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA)
relatam, o nosso ex-presidente Ernesto Geisel realmente considerou a
possibilidade de o Brasil desenvolver suas próprias bombas atômicas no
período do seu mandato – que foi de 1974 a 1979. Uma das razões que
levaram o ex-presidente a cogitar o fato foi a probabilidade de nossos
vizinhos argentinos fazerem o mesmo e se tornarem uma ameaça, instigando
uma guerra de proporções continentais.
O general disse em 10 de junho de 1974, segundo os documentos, que o
país tinha que "desenvolver uma tecnologia para a utilização da explosão
nuclear para fins pacíficos, o que nos permitirá, inclusive, se
necessário, dispor de nossa própria arma". Essa reprodução da fala faz
parte do acervo da EMFA; trecho que foi recentemente liberado pelo
Arquivo Nacional, em Brasília.
De acordo com as declarações, o então presidente Geisel fez questão
de abordar essa possibilidade nuclear com o Alto Comando. "Por seus
importantes reflexos sobre a segurança nacional, não desejo encerrar
esta exposição sem uma referência especial à política nacional para o
uso da energia nuclear", teria dito. Outro aspecto que foi considerado
por Geisel foi o progresso econômico nacional; seja nos quesitos
econômicos, militares ou de produção de energia alternativa – que iriam
se beneficiar com o desenvolvimento da arma.
Os receios em relação à Argentina ficaram maiores quando eles anunciaram
que encontraram urânio com relativa facilidade; o que não deveria ser
um problema para o Brasil, levando em consideração o tamanho do
território nacional. Entretanto, o projeto nunca foi completado,
deixando somente impressas as intenções do ex-presidente para o país. E
você, como acha que seria esse futuro se nós tivéssemos desenvolvido
bombas atômicas?
Fontes: Megacurioso
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