Fala, galera, tudo bom com vocês? Quem
aí nunca comprou um jogo que precisasse de um periférico especial pra
ele, como um controle específico ou algo do tipo, e que parecia genial
na hora da compra, mas que logo após os primeiros instantes (ou algum
tempo depois mesmo) acabou fazendo você se arrepender da compra por
terem sido mal pensados ou aproveitados? Bom, é sobre isso a lista de
hoje.
Os bongôs de Donkey Konga/Donkey Kong Jungle Beat
Quem aí lembra dos bongôs de Donkey
Konga e Donkey Kong Jungle Beat? Esse acessório saiu juntamente com
esses dois títulos para Nintendo Game Cube e nunca mais viu a luz do dia
em qualquer tipo de anúncio da Nintendo. Os jogos funcionavam
basicamente esmurrando um dos bongôs ou batendo palmas.
Essas funções davam resultados
diferentes dependendo do jogo. Em Donkey Konga, você “tocava” músicas
dessa forma. Já que o Game Cube não ganhou uma versão de Guitar Hero,
essa foi a alternativa que a Nintendo encontrou para entrar no mercado
de jogos musicais.
Já no Donkey Kong Jungle Beat, você
usava os bongôs para controlar o macacão nas fases. Um dos tambores
servia pra andar pra frente, o outro pra trás e bater palmas vazia ele
girar, se eu não me engano. Eu realmente não sei se ali acabou a
criatividade da Nintendo em utilizar os bongôs, mas eu gostava pra
caramba da ideia. Apesar de nunca ter tido um deles, e apesar do preço
provavelmente ser um impeditivo de uso em diversos jogos, é uma pena que
eles provavelmente estão pegando poeira na casa dos pobres coitados que
os compraram.
O Joystick de Steel Battalion
Steel Battalion foi um jogo da Capcom
lançado para o Xbox original em que você tinha que controlar um mech e
meter bala nos outros robôs inimigos. Nada de muito sensacional, certo?
Exceto pelo controle que vinha junto com o jogo e que justificava o
preço de 200 dólares pelo pacote todo.
O “joystick” era um trambolho com duas
alavancas e nada menos do que 40 botões, que serviam para fazer você
entrar de cabeça na imersão que o jogo prometia. Aliás, o jogo era tão
cri cri com a realidade que caso você esquecesse de apertar o botão de
ejetar do seu mech quando ele tivesse para explodir, adeus jogo, você
tinha que começar a campanha desde o início, já que o seu piloto havia
morrido.
Por um preço desses, é claro e óbvio que
o jogo fracassou e a Capcom resolveu remover o suporte dele da Xbox
Live. Sabe qual foi o problema disso? É que a campanha single player,
que supostamente deveria ser offline, não funcionava sem a Xbox Live, o
que significa que quem gastou 200 dólares no jogo com o joystick, não
tinha absolutamente mais nada para fazer com tudo aquilo, além de querer
enfiar uma das alavancas (ou o joystick inteiro) na orelha.
“Acessórios” para o Wii Mote que não sejam o que transformam ele em pistola
(Mais que troço é esse?!)
Por que alguém iria querer comprar um
negócio que parece uma camisinha para o Wii Mote e que transforma ele
num dardo? Você vai atirar o controle na sua televisão (ou no seu irmão)
por acaso? Não, então não compre isso, por favor.
Falando sério, a maioria dos acessórios
de Wii Mote são inúteis, já que só fazem o periférico parecer o objeto
que ele está tentando imitar na frente da televisão. O único que eu acho
realmente válido é o que transforma o joystick numa pistola, já que faz
os jogos de tiro no console lembrarem bastante os fliperamas que a
gente gastava um bom tempo metendo bala em tudo o que ousava aparecer na
frente da televisão.
Não gaste dinheiro neles, por favor.
Nintendo eReader
A Nintendo lançou um leitor de cartões
para o Game Boy Advance chamao eReader que prometia trazer pequenos
jogos e conteúdos adicionais a jogos já existentes por meio de cartões
especiais que seriam vendidos e dados por aí. A ideia era basicamente
trazer a distribuição digital online a um aparelho offline, numa época
em que a distribuição digital de fato quase não existia no mundo dos
games.
O problema é que, como os dados tinham
que ser impressos nesses cartões e como eles eram limitados pela memória
ram do Game Boy Advance (já que ele não tinha nenhuma memória de
armazenamento nele), os jogos e conteúdos adicionais acabavam
limitando-se a minigames e a jogos de NES.
Outro problema que esse formato
enfrentou foi o fato de que às vezes você precisava de vários cartões
para liberar um jogo e… os cartões sumiam. Imagine você numas sequência
de vários cartões pra poder jogar Donkey Kong quando descobre que perdeu
um deles e não tem mais como jogar. Pois é, um baita transtorno.
—
Com isso, terminamos nossa primeira
parte de acessórios sensacionais ou inúteis. Nenhum deles deu lá muito
certo, e alguns realmente não deviam ter dado certo, mas pelo menos eles
marcaram a história dos games.
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